domingo, 11 de dezembro de 2011

Biografia da Mãezinha

NOME: MARIA DE ALMEIDA JORGE

(A MAEZINHA)

(UM TESTEMUNHO DE VIDA, AMOR E FÉ)

Nascida aos 18 de setembro de 1.886, filha de Henrique e Antonia F. Silva. Seus pais
deixaram órfãos oito irmãos, sendo Maria a mais velha, de quem falaremos a seguir.

Seu pai possuía uma Bíblia, coisa rara naquele tempo. Este precioso livro que ele
chamava "O Livro de Deus". Todos os dias Henrique reunia a família e ajoelhados rezavam, liam parte
do livro e exortava os filhos dizendo: "Quem quiser ser salvo, é somente seguir os conselhos deste
Livro". E assim não se cansava de falar aos amigos.

Foi assim que cedo Maria começou sua vida de devoção especialmente à virgem Maria, a
quem amava e adorava.

Em 22 de junho de 1.905, Maria casou-se com um parente chamado Amâncio Martins
Jorge. Desse casal nasceram 12 filhos.

Moravam em Soledade, município de Barra do Corda-Ma. Devido a circunstâncias
financeiras, e vitimados pela sêca, em 1.915, saíram de onde moravam para a cidade de Barra do
Corda.

Foi em Barra do Corda, que pela primeira vez tiveram a oportunidade de assistir a um
culto, a convite de vizinhos crentes. Amâncio foi o primeiro a assistir. Chegando em casa disse: "Se
aquelas palavras não forem verdadeiras, não existe verdade no mundo". Maria cautelosa, não aceitou
os convites, pois não pretendia deixar suas devoções à virgem Maria.

Certo dia por insistência de uma amiga foi ao culto. Gostou, ficou impressionada com
a Palavra, mas disse consigo: "Só creio se eu mesma ler". Resolveu aprender a ler com uma de suas
filhas. Pelo interesse, não tardou, começou a ler o Novo Testamento e assistir aos cultos. Seu esposo já
havia se convertido.

Certo dia ela orou: "Meu Deus, se este caminho é a verdade, me esclarece pela Tua
Palavra". Abriu seu novo Testamento e leu: "A minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se
alegra em Deus meu Salvador". Compreendeu logo que, se Maria chamou Meu Salvador, é porque
ela mesma não pode salvar. Resolveu deixar toda a idolatria e se entregou a Cristo aceitando-O
como Salvador e Senhor de sua vida. Seu coração se encheu de amor por Cristo e pelos perdidos,
especialmente pelos índios. Desejou trabalhar entre eles, mas não foi possível realizar seu desejo, mas
se dedicou a orar por eles. "Senhor, envia pessoas consagradas que trabalhem entre eles". Deus lhe
ouviu, e depois de alguns anos, recebeu visitas de missionários e índios crentes que fizeram um culto
de louvor a Deus e testemunhando do seu poder de salvar. Foi com lágrimas de gratidão que esta
serva do Senhor agradecia tamanha bênção recebida.

Em sua vida de oração, fazia prova com Deus e permanecia fiel e vitoriosa, aprendendo
assim a depositar toda sua confiança em Deus.

Em 1.963 seu esposo faleceu, mas ela recebeu de Deus a graça e se manteve consolada.
Sempre orava pelo filhos, exortando-os a andarem em obediência à Palavra de Deus e em amor.

Mais tarde, mais uma prova. Faleceu um de seus filhos. Ela orou: "Oh Senhor, eu Te
agradeço porque me ouviste dando alívio ao meu filho".

Querendo seguir melhor o seu Salvador, começou um trabalho de crianças em sua casa.
Era um culto alegre, onde cantavam corinhos e ela ensinava as crianças a orar. Todas lhe tinham
carinho e atenção chamando-a de Maezinha.

Certamente Deus na Sua grande misericórdia os estava guiando.

O programa da Radio Transmundial era seu deleite. Ela mesma ligava o rádio em um

volume que os visinhos pudessem ouvir a Palavra de Deus. Tinha o prazer em transmitir as mensagens
ouvidas. Sempre orava pelos programas e era contribuinte fiel.

Sentindo a necessidade espiritual de sua grande família, começou uma reunião de oração
uma vez por semana em sua casa, que depois passou a ser todos as noites. Embora ela já bem abatida
e sem a visão, era a primeira a chegar na salinha de orações. Sua oração sempre prolongada chegando
até 20 minutos tinha prazer em ficar na presença de Deus, e sempre dizia: "muita oração muito poder,
pouca oração, pouco poder". Esta reunião de oração ainda continua por seus familiares.

Na igreja, ela sempre foi fiel em seus dízimos e ofertas. Assistindo aos cultos,
aproveitando as oportunidades para cantar sozinha hinos de até cinco estrofes decoradas e nunca se
cansava de contar as bênçãos recebidas de Deus.

As ofertas recebidas de seus filhos e amigos eram reservadas para ajudar os que
trabalhavam no campo missionário e aos crentes necessitados, até suas roupas ela distribuía.

Era seu costume reunir a família uma vez por mês, para realizar um culto de louvor e
gratidão a Deus pela bênçãos recebidas e também para confraternização.

Em 1.983 ela adoeceu. Recebia muitas visitas e a todos evangelizava. Certo dia recebeu
a visita de uma religiosa da igreja católica que lhe disse: Dona maria, eu admiro como a senhora criou
estes seus filhos maravilhosos. E ela logo respondeu: Não fui eu. Deus sabe como me levantava às
madrugadas e orava por todos eles.
Outra vez quando já prostrada, foi visitada por amigos
e autoridades da cidade. Conversaram muito, depois ela disse: vou orar. Fez uma longa oração e ao
terminar disse: "Senhor abençôa estes que me visitam e nunca aprenderam a Te buscar".

Em seu último aniversário, 18 de setembro de 1.983, sentiu-se muito feliz com seus
filhos quase todos presentes. Foi uma festa alegre.

Assistiu sua última Escola Dominical um mês antes de falecer. Ficando mais abatida e
não podendo se ajoelhar, orava sempre pelos filhos e todos os trabalhos de Deus.

Sofreu muitas dores reumáticas, mas de seus lábios nunca saíram queixas ou
reclamações. Sempre dizia: "Seja feita a vontade do Senhor".

Suas últimas recomendações à família foram: "Sejam zelosos e cuidadosos uns com os
outros, orando sempre uns pelos outros e suprindo as necessidades uns dos outros. Sinto que Deus
que fazer uma coisa nova em meus familiares por quem tanto oro. É preciso cada um se colocar
diante de Deus e dizer: Eis-me aqui Senhor, que queres que eu faça?"


O Senhor a tomou para si no dia 29 de novembro de 1.983 às 10:20 da manhã, depois
de ter vivido 97 anos, 02 meses e 11 dias.

Sua geração é de: 11 filhos. (Entre netos, bisnetos, trinetos e agregados – quase 500

Sentimos muito a falta de sua pessoa, conselhos e orações. O quarto vazio, tudo em
sua casa é uma viva lembrança. Entre os seus objetos de uso, o que mais se parece com ela é o seu
tapete que sempre usava orando ajoelhada, de dia e de noite.

Cremos que suas fervorosas orações serão respondidas para alegria de Deus.

O que ela fez e viveu, só aparecerá diante do trono do Senhor, onde receberá o seu galardão.

Aos leitores, pedimos: orem por esta grande família que ela deixou.

Obrigada!!!

Carmem Silva Jorge

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